domingo, 3 de fevereiro de 2013
Resposta.
Tentando fotografar o Planeta Vênus e a Lua, registrei uma das imagens mais lindas, a lua apaixonada.
Na ocasião como amante do céu, apenas pensei em registrar a Lua e Vênus por diversos ângulos, enquanto seguia o conselho de Gonzagão dizendo: "Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo...".
Não era noite de São João, não estava estrelado, mas estava lindo e eu o admirava da janela do meu quarto, e Vênus admirava a Lua, e foi tudo por aquela noite véspera do último dia ano de 2012.
Para falar a verdade enquanto fotografava o céu, me sentia aquele grão de areia sonhador, da canção, que olhando o céu viu uma estrela e imaginou coisas de amor.
Imaginei meus amores que já partiram os que caminham ao meu lado e elevei agradecimento fazendo uma prece por cada um.
Nesse momento que meu pensamento orava, ousei a pedir aquele amor especial.
Não sei se foi resposta, mas para espanto ao imprimir as fotos, a lua se fez coração.
Vejam coração...
Coração que pulsa o sangue, e ativa o movimento, que descompassa que dá sabedoria, intuição, personificação do absoluto, oposição a razão, que ama.
Eu creio que há mais coisas entre o céu e a terra do que possamos imaginar.
Eu creio nos sinais que são enviados, e que passam despercebidos, ignorados por nós.
Que essa lua seja a estrela que guiou os Reis Magos, ao encontro de Cristo, e nos direcione um em direção ao outro, para sermos presentes valorosos, incenso, mirra e ouro.
E a exegese vai enxergar a resposta da Lua Apaixonada uma profecia cumprida.
Não quero um quase.
Não quero um quase.
Quase não forma história, quase não cria vínculos...
É exatamente esse lapso do que não foi que intriga, que magoa que deixa inquietude e tudo em rebuliço, poderia até chamar isso de curiosidade.
Porém, curiosidade, é muito pouco.
É essa meio verdade que esta contida, que trapaceia o outro lado do conto, que faz o quase consumir o pensamento com mil perguntas, estonteantes que gritam, esperneiam e ficam sem respostas.
Como criança em fase de por que, como mãe perdida no tiroteio sem argumentos.
Inventar respostas será que satisfaz essa mente inquieta?
Dar uma segunda chance pro outro lado da história?
Mas, e se o outro lado da história for pior que o vazio de respostas?
Se houver dor, ao invés de amor?
E se criar expectativas de conto, onde for apenas uma breve história, ou uma frase solta?
É esse se do quase, que qual estranheza poderia ser, e não se formou que incomoda.
Quase, é a reticências que prolonga o que não tivemos coragem ou oportunidade de viver, de sentir de pontuar.
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