segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amantes Anônimos.

Me pego a pensar em você mais uma vez, e nego a acreditar que estou aceitando todas as suas crises, de não saber o que quer, como quer, se é que quer alguma coisa.
Me pego acreditando numa falsa felicidade e num retorno que será real apenas nos meus sonhos.
Mais um desvaneio, mais uma recaída... que merda!
Sei que quando você chega no meu pensamento, ele funciona como um pára-raios.
Não quero pensar em você, não quero gostar de você, não quero você pela metade, nem de vez enquando... Não!
Que carência filha da puta é essa que me joga todas vez pra mesma reticência... Logo eu que me julgo tão esperta e já ssaber de cor todas as vírgulas, todas as interrogações, todas as exclamações e nenhum ponto final, apenas mais uma reticência...
Mesmo assim, deixo esses delírios pensantes acontecerem, mesmo jurando nunca mais, porque eu sei que quando o telefone tocar ou quando você pelo msn chamar minha atenção eu vou topar, mesmo sabendo que o felizes para sempre não vai passar de um encontro as escondidas sem futuro nenhum.
E muito pior que tudo isso é saber que eu vou levar a sério cada fala cretina sua de que me adora, de que sou única na sua vida e que um dia ficaremos juntos para sempre.
Sei que vou reproduzir cada segundo desse encontro clandestino durante toda a semana, e nessas horas eu tenho vontade de pedir para ser meu, para ficar comigo, sem promessas de felizes para sempre e de que tudo vai ser fáciL, mas também só penso, então eu juro pela milésima vez que não vou mais querer você, que não vou mais pensar em você e que vou achar outro para ocupar a falta que você me faz.
E mais uma vez, vou chorar engolindo o soluço que sufoca e escrever mais um texto estúpido, vulgarizando o melhor sentimento que tem dentro de mim, como forma de punição por gostar de alguém idiota o suficiente que não saca isso.
Preciso entrar para um AA - Amantes Anônimos para aprender a vencer a cada dia o primeiro pensamento, o primeiro gesto seu de se aproximar de mim, o primeiro gole da sua pessoa.
Quero me desintoxicar desse vício maldito que é te desejar, pois sei que me faz mal.
Tenho que vencer você um dia após o outro, e assim sucessivamente, eu vou conseguir, pode não ser fácil.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

É bom! Foi muito bom!!!

Horas inerte a olhar essa folha em branco, depois de muitos riscos e de tantos outros rabiscos, tentei escrever duas palavras que possam unidas fazer algum sentido, e que ironia, saiu meu nome colado ao teu.
O pior é que eu nem sei se a gente combina ou se faz algum sentido, sei que é bom.
É bom quando você aparece do nada só pra deixar um oi, um bom dia, um beijo...
É bom esperar seus recados, que me deixam sem graça...
É bom perder a fala, quando é você do outro lado na ligação...
É bom o beijo que deixa gosto de quero mais um...
É bom esse nosso segredo...
É bom também essa sensação de falta de compromisso, de não obrigação de eternidade, de deixa a coisa rolar pra ver como é que fica se é que fica, de curtir apenas o momento sem preocupação com futuro.
Fico tentando explicações, queria apenas uma desculpa esfarrapada pra justificar esse bom...logo eu que sempre detestei essa falta de compromisso.
Na verdade eu sei exatamente o que me atrai nisso tudo, é o quebrar regras, não é nem que eu goste tudo isso de estar com você, poderia ser qualquer um que me fizesse ter essa coragem tresloucada de infringir regras.
Bem sabemos que isso não vai completar nem um mês, porque essa história nasceu fadada ao fracasso.
Mas quero deixar registrado o bem que me faz, e que não me importa se existirá amanhã porque eu sei que é bom, sem maiores explicações... que foi muito bom...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pílulas Mágicas

Estou cansada de tentar compartilhar afeto, de investir sentimentos... porque que se apaixonar, se tudo hoje é descartável?
Vamos dar um basta a breguice do amor, já que hoje em dia não conquistamos, apenas catamos, pegamos, ficamos e trocamos... usamos e jogamos fora.
Atualmente, não se ama. A gente "dá".
Então a gente "dá" para ter tempo de não se apegar; "dá" para não se envolver; "dá" para ter companhia, e tudo isso "dá" em nada.
E a gente se acostuma a essas "regras" pobres repletas de sentimentos egoístas, fechados feito ostras a qualquer gesto mais amigável.
Esconda a pérola, endureça o coração, coloque a razão em primeiro plano e resfria a alma.
Logo eu, que tanto acreditei no amor, não quero saber desse sentimento deformado, desfigurado, remendado com ar futurista, nem pintado de ouro, para mim não "dá", pois não quero perder tempo, arrumando uma desculpa para gostar e outra do porque não deu certo.
Já que é para estar sem ninguém, e ter difículdade de gostar de compartilhar a vida, o tempo e as alegrias... brindamos a ausência de envolvimento com as pílulas mágicas que tiram tristezas, espantam a solidão e preenchem o coração. Essas que fazem companhia, e que te deixam com um brilho no olhar.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quero mais...

Quero mais que uma paixão morna vivida apenas por um...
Quero borboletas no meus estômago em revoadas,
Quero risos bobos e pensamentos atoas perdidos em um alguém que faça meu coração bater tal qual bateria de escola de samba.
Quero alguém que enfeite minha vida de lantejoulas e purpurina, muitas plumas e que não tenha data pra acabar como alegria de carnaval que morre em quarta feira de cinzas.
Que me enfeitice, que me surpreenda e que faça eu crer que é Ele,
Quero alguém que faça valer a pena fazer as pazes;
Que me faça acreditar que não seja perder tempo as horas que a gente passe fazendo planos e que tudo seja sério o suficiente pra prestarmos atenção, e acreditarmos que será realidade.
Que tenha um lindo sorriso, um colo acolhedor, um beijo arrematador
Quero que ele fale dos seus gostos e de seus medos e quando silenciar não seja por exclusão, mas pq todos necessitam de momentos de reflexão e paz interior.
Que seja ombro amigo, e que não tenha medo de assumir que me adora para seus amigos.
Que nossos amigos individuais passem a ser NOSSOS, que sintam a falta quando um não estiver presente.
Quero uma canção brega pra chamar de nossa, pra dançarmos agarradinhos, pra cantarolarmos no rádio do carro em pleno engarrafamento quando ela tocar.
Quero apelidinhos ridículos a dois,
Quero Códigos,
Quero beijos sem tréguas, beijos roubados, beijos sem motivo escrito em scraps, msn e sms... muitos beijinhos babados.
Quero alguém que faça valer apena, que não deixe nada pra amanhã porque amanhã pode ser tarde demais.
Quero alguém que tenha ânsia de estar comigo e que me roube os sentidos de paixão pra estar com ele incondicionalmente a qualquer hora do dia
Quero alguém com quem repartir meu saco de pipoca no cinema e inventar metade da história do filme;
Quero alguém pra curtir sofá e chocolate quente, embolados um no outro e os dois em uma manta pra curtir preguiça de fim de semana.
Quero alguém pra testar meus dons culinários e ser sua provadora oficial;
Quero alguém pra me fazer sair da rotina, no meio da semana,
Quero alguém que me ofereça um céu de estrelas,
Que entenda que minha TPM passa,
Que não fique bravo por passar a noite estudando um processo ou corrigindo provas.
EU QUERO...
Quero mais...
E quero esse mais, o mais rápido possível, porque cansei de protelar o amor que existe aqui dentro, porque um só não é nada, não soma, não divide, não multiplica nem tão pouco subtrai.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Riso escrachado

E no meu riso mais escrachado, me encontraram... gestos grandes, risos debochados, fala imposta essa sou eu defendendo minhas teses, engraçado que eu nunca me via dessa forma "ÃO", até fazer essa porra de aula de oratória.

Antes eu me via com gestos "INHOS", pequenininhos, delicadinhos, comportadinhos... perfeitinhos... hahaha... Sabia que minhas apresentações em público tinham certo glamour, porém eu sabia que podia extrair mais de mim...

E lá vou eu, aula de oratória... entre um bocejo e um cochilo, uma pestanejada para o exercício prático, entre uma espreguiçada na cadeira e a fofoca com os colegas ao derredor, uma pausa para o exercício prático, puro tédio, cumprindo tabela, devia ter feito algo muito ruim pra mim mesma pra me matricular num toço desse, só podia ser castigo.

Ressalta-se que os exercícios eram os maiores "MICOS" que alguém pode imaginar em fazer em público, desde aquecimentos vocais como o caminhãozinho ou carrinho do bebê e todos pronunciando o uníssono brummmmmmmm..., agruuuuuuuu...,etc a textos lidos em voz alta com lapís nos dentes, Parabéns pra Você cantado como um cântico gregoriano, Cai cai Balão imaginando um ovo na boca, travas línguas. Certeza, era castigo!

Entre um exercício e outro, algumas gozações e a sala foi se enturmando, mas não queriamos ser notados naquele meio... nem os mais, nem os menos tímidos, reproduziamos aquela aberração porque tinhamos nos propostos a fazer o curso, era só isso e nada mais.

Num determinado momento do encontro, foi proposto que sorteassemos um papel com um tema, teriamos de cinco a dez minutos para estudarmos sobre o assunto sorteado e elaborarmos uma apresentação, teriamos dois minutos para fazer a exposição frente a sala, seriamos todos filmados e depois analisariamos nossa postura durante a explanação.

Confesso que achei muito tempo os dois minutos propostos para o exercício, até porque estava me sentindo ridícula, o tema era ridículo e todos que frequentavam essas aulas eram ridículos e meio, até eu me dirigir a frente da sala.

Lembro-me que cumprimentei a todos colegas com uma boa noite, e logo passei a introdução do tema... Hoje vim falar com vocês sobre algo que não damos muita importância até em uma noite escura toparmos com um deles na quina da cama, é isso mesmo os dedos do pé.

Vejo o olhar dos meus colegas voltando suas atenções para mim, alguns não só olharam, ameaçaram um riso e outros soltaram um riso sem graça sinalizando que prestavam atenção naquela idiotice toda.

Continuei minha apresentação trazendo informações que pesquisei no "Santo Google", dizendo: Os dedos dos pés são conhecidos cientificamente como pododáctilos, nessa hora ganhei a atenção realmente de todos da turma e fui transcorrendo no tema como uma expert, e blá blá blá...

Não sei descrever-te ao certo o que foi mais estranho: falar sobre os "dedos do pé", ou notar que tinha sido descoberta.

Não sei bem ao certo em que momento ele me descobriu, mas eu o descobri ao passar desses dois minutos... Nossos olhos fixaram um no do outro e eu soltei um riso escrachado e a classe toda caiu na gargalhada...

A-DO-REI o exercício patético, esse vozeirão, esse risão, esse papelão, você me olhando como se eu tivesse explanado sobre algo relevante como a não existência de decadência no processo previdenciário, enquanto falei apenas sobre os dedos do pé.

Eu sei e Você sabe o significado daquele riso escrachado após a conclusão da explanação.

Daquela apresentação em diante tudo mudou, cada exercício tem uma graça diferente... a gente esboça um riso, um olhar, uma provocação, como a canção de Chico depois brinca comigo ri do meu umbigo e me crava os dentes...

Pra falar a verdade não chegamos a tanto ainda... porém, tem muita gente apostando que a gente vai dar certo... e cada dia mais a gente vai acreditando que isso pode ser uma grande verdade.

Será, que em meio a um riso escrachado na multidão você me encontrou eu te encontrei?

Você acabou...

Hoje levantei já cansada, pedindo colo, querendo ficar amuada em meu canto ao lado de coisas e pessoas que me são referências.

Tomei uma difícil decisão, a partir de hoje eu começo a esquecer meu grande amor... tenho medo de me esquecer junto. Mesmo assim tentarei...

Resolvi que vou sufocar todo esse sentimento que nutri por você até levá-lo a óbito, porque só assim não vou ter que retroagir para me buscar no meio do caminho cada vez que volto para te encontrar.

Aliás, vou te esconjurar, fazer um ritual para expurgar tudo o que se refere a você.

Não quero lembrar do som da sua voz...
Não quero lembrar do gosto do seu beijo.
Nem do cheiro da sua respiração.
Nem quero a sensação do toque suave da sua mão sobre a minha, tampouco a proteção que sinto do calor do seu corpo sobre o meu.

Não, Não e Não repetidas vezes Não....Pela primeira vez não me sinto covarde em prol da minha decisão, ao contrário, me sinto muito encorajada a recomeçar sem você.

Acreditei durante longos anos que se te mandasse embora do meu coração, da minha mente e da minha vida, não sobreviveria nem um minuto com sua ausência...

Estou hoje redescobrindo como é bom poder ser inteira, como é bom sentir-se inteira... e que não tenho que me contentar com as migalhas de atenção e sentimento pra não ficar sem nada, porque sobrevivo sem você.

Nessa tentativa tresloucada de me livrar da sua presença, encontrei alguém muito mais interessante, que se chama EU.

Esse Eu, que ficou sufocado com sua presença que não sabia fazer nada que não fosse para te agradar, para engrandecer seus olhos, ser notada, e ganhar a recompensa de ter você por perto, por poucos minutos ou algumas horas...

Cansei do seu máximo com sabor de mínimo.

Cansei de falar, de calar, de me acabar, de silenciar...

De você... só lamento o tempo que perdi, assim como essa última noite mal dormida para te sepultar nesse conto.

Você acabou...

domingo, 4 de abril de 2010

Mensagem de Páscoa...

Como toda festa religiosa, permito a pausar-me nessa agitação e refletir sobre alguns conteúdos coletivos e individuas, e isso não me causa mais nenhum espanto ou estranheza, porque sempre acaba em algum rascunho do que ouso a pensar... e adoro essa “Pessach”.

E propositalmente, hoje uso a expressão em hebraico, por ser tradução da palavra “Páscoa” e significar “Passagem”, que é o que faço nesse momento ao transmitir meus pensamentos.

Celebramos então no dia de hoje o Princípio de uma Nova Vida, a redenção da própria humanidade e a promessa de um futuro de grandes realizações.

Pode parecer loucura, mas Páscoa tem o mistério da Redenção, surge como um processo de Restauração...

Engraçado como esse domingo não é como os demais, e na verdade não o é, Eis que jaz o velho homem, sepultamos nossos medos, nossas angústias, nossos fracassos, então Ressurgimos não acordamos, amanhecemos cheios de esperanças, enxergamos novas oportunidades de amor, de conquistas, de sonhos;

Recomeçamos a lapidar velhos princípios de companheirismo, cumplicidade de doação ao próximo;

Recriamos a pureza da criança, a força já esmorecida, as certezas adormecidas;

Reconstruímos nossos alicerces morais, espirituais, intelectuais,

Reerguemos a cabeça como as pontes derrubadas pelas vicissitudes do dia-a-dia;

Renascemos resgatando o nosso melhor, empedernidos, como terra fértil ...

De fato somos um novo ser, fizemos a passagem pelo Egito, nosso mar vermelho se abriu em oportunidades, duas torres enormes de águas, um exército a te perseguir e um caminho novo a frente...

Mudar ou permanecermos estáticos a margem???

Sem sombra de dúvidas Mudar, nos libertamos do nosso cativeiro e deixarmos de nos escravizar, de nos punir pelo fracasso aparente, de nos apiedar...

Buscamos mudanças ao fazer essa travessia e conseguimos nos Salvamos das tristezas, dos egoísmos, descobrimos que nos condenamos nos crucificamos, por antecipação aos nossos problemas, mas que existe uma Nova Vida - existe luz no fim do túnel...

Pois bem, findamos mais um ciclo, que esse recolhimento nos traga um ano abundante, um tempo de paz e esperança.

Uma feliz Passagem a todos Nós....