segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Viva o Amor.

Meu pensamento as vezes me põe doida com tantas coisas que não podem ser esquecidas, e que eu acabo por esquecer.
Basta algo me tirar da rotina, fora do que estou condicionada, para tudo virar pedra de tropeço, para atrapalhar... é hora para acordar, para fazer ginástica, para entrar no trabalho, para ir ao mercado, para fazer um curso de atualização e etc...
Tudo tem hora marcada, agenda lotada para que nada fuja ao controle, tudo para a vida não virar um caos, pois, basta um compromisso atrasar um minuto, que não a tempo para nada e mais ninguém... pelo menos é o que eu acreditava até uns dias atrás.
Engraçado, como meus conceitos foram alterados.
O amor que tanto acreditava não ter tempo apareceu, meio a compromissos de trabalho...
Um parênteses para melhorar a grande ironia do destino, quando a vida lhe presenteia com um amor, ela lhe duplica os compromissos!!!
Retomando... Ah, só um amor para abalar as estruturas, dar fôlego novo, achar graça em revirar a rotina, bagunçar a casa toda, revigorar a memória e ganhar tempo para vivê-lo.
E o mais legal de tudo isso é que a gente se esquece que tem hora para acordar no dia seguinte, que não temos tempo para bater papos no telefone, no msn, mandar recados... tudo se encaixa, desafoga e o dia nem ganha uma hora a mais...
Só o amor para nos deixar com a sensação de que todo dia é feriado nacional, a gente sabe que o dia seguinte tem milhões de afazeres, porém, hoje o dia está lotado de coisas que são te dão prazer e amanhã só a Deus pertence.
O Amor nos ensina que a vida deve ser leve, que a obrigação não deve ser um fardo, e que a gente não deve se arrastar em meio aos afazeres.
Que agenda é um ótimo instrumento, mas que entre as horas existem espaços que podem ser melhor aplicados.
Que sempre a tempo para fazer algo que a gente vem protelando, para reunir a família, reencontrar os amigos, para não perder a oportunidade de ser feliz, para escancarar um riso ao fechar um grande negócio, não pelos lucros, mas para encaixar a viagem de férias que a alguns anos não podem ser encaixadas entre as horas do tão atribulado dia...
É isso aí... viva o amor.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Personagem Real


Conte algo que me faça rir, que me desconcentre de tudo por alguns instantes.
Que seja engraçado, como aquelas histórias da sua infância, me transporte para um tempo diferente, onde não existia outro compromisso que não fosse a felicidade.
Detalhe os lugares, as pessoas, seus sentimentos pois quero conhecer você, me conte como era o cheiro, o gosto, o som do ambiente e da voz, a cores... deixe eu recriar seus espaços.
Me mostre seu mundo e de fato quem é você, não quero a ilusão de conhecer alguém.
Venha me trazendo para a sua história e me conte dos seus momentos difíceis, para que eu valorize seus aprendizados.
Fala das suas tristezas e o que lhe causou dor, enquanto isso, deixe eu repousar a cabeça no seu peito, e sentir o pulsar do seu coração revivendo cada momento, para que eu me emocione e sinta um pouco da emoção de cada um deles, para dar-lhes a devida importância.
Deixe eu saber dos seus gostos mais exuberantes, do seu sonho mais tresloucado, das suas chatices, dos seus vícios e tudo o mais que forma quem és.
Cante a sua canção predileta, sabe aquela que a gente adora cantar no chuveiro escondido de todos com direito a vozes e coreografias.
Não quero saber seus segredos, eu quero saber quem é o personagem real, pois o restante eu invento somando a minha história.
Ah, a minha história...
Minha infância foi toda especial cabelo curto, bota ortopédica e muita travessura, entre bolas de gudes e papagaios, joelho esfolado e cabeça rachada... banho de bacia, mangueira só de calcinha, era dona de casa entre as minhas panelas, fogãozinho e outros utensílios, nunca fui boa mãe para as minhas bonecas pois enjoava delas com total facilidade e desde cedo amava lecionar para meus bichos, para mim a vida e o quintal era um palco, onde cantava e dançava piruetando, rodopiando e saltitando. O seu cheiro era de bolinho de chuva, regado a muita canela e açúcar e seu som era a voz da minha mãe chamando pra entrar com o venha comer menina, o ronco do opala prata do meu pai chegando anunciando que mais um dia chegava ao fim, as suas cores eram o azul com bolinhas cor-de-rosa retrato da mais pura felicidade...
Com o tempo muita coisa mudou, mas acredito que eu continuo a mesma muleca, uma criança grande, de sonhos imensos, e medos maiores que me impulsionam não que me paralisam...
O que me para??? hummmm.... uma boa história, um abraço apertado, uma panela de brigadeiro pra comer de colher, algo que me tire o fôlego de tanto rir ou de tanto chorar sei lá os dois são fáceis por demais da conta... uma saudade, mas, não me param por muito tempo, só o tempo necessário para vivê-lo.
Meu sonho mais tresloucado é ser Juíza do Trabalho. Minha maior chatice é ser mimada mesmo, pense em uma filha única de TPM...sou eu. Vícios??? Queijo, Café, Chocolate, tudo o que eu não posso.
Não tente desvendar meus segredos, preservei o hábito de dançar piruetando rodopiando e saltitando pela casa e não tenho vocação para a vida doméstica nem para a maternidade ainda... essa personagem é real, viu!
Canção Predileta... essa eu faço questão que ouça e veja ao vivo, se resistir é sinal de que será meu.

Quem é Você...


Quem é você que chega de mansinho, em silêncio, se faz amigo e vem apossando-se de mim sem eu dar conta.
Quem é você dono dos meus pensamentos mais impuros e santos, que ocupa meus espaços vazios e me dá o seu sorriso alegre, que doma meus sentimentos frios e perfuma a minha pele, com o seu suor.
Quem é você que vem se apossando de mim assim tão impunemente, com consciência e razão e eu não sei te dizer não.
Quem é você que me leva assim tão a revelia, que me descobre onde eu mesmo me desconheço, que põe meu sangue a ferver, aquece meu corpo e me ensina como ter prazer
Quem é você que vem se apossando de mim, sem nunca ser um peso morto, mostrando-me que amar e dar e receber, que me furta os sentidos e me deixa inteira .
Quem é você que me tira o juízo, me põe indefesa, que me toma de uma forma sua e pra sempre e me põe sempre atenta querendo te amar
Me diga por favor quem é você, que esta se apossando de mim definitivamente.

Graça sem graça.

É engraçado como algumas coisas não tem a menor graça, e no entanto caímos em risos para não nos afogarmos em prantos.
Como sufoca o peito e perturba a mente tantos projetos sendo descartados, essa sensação de impotência, de fim, que nada valeu a pena, de circo armado e palhaço no picadeiro é que atormenta.
Porque nos permitimos a esses papeis ridículos... o pior porque sempre nos deixamos levar em histórias semelhantes.
Não compreendo, mas deixo-me levar em todas elas como se fossem meu maior e último caso de amor.
Que carência é essa que me encontro, que me perco do que eu almejo, do que eu realmente sou.
Me apego de verdade mesmo sabendo que não devo me envolver, mesmo sabendo que vou ter que me reconstruir, sabendo que existirão marcas e que algumas delas vou tentar esconder a todo custo, principalmente de mim.
Meu silêncio, meu choro sufocado, meu coração reaprendendo como eu a pulsar a vida, negando tudo e procurando o tudo e nada que expurgue você.
Leio novos autores que nem são tão novos assim, meu guarda-roupa ganha um novo tom, escuto novas versões para antigas canções, provo uma nova especiaria da gastronomia regada a bom vinho... arquivo as fotos das viagens e dos bons momentos que também nem foram tão bons, mas que valeu pelos amigos, pelos risos e pelas histórias.
E no entanto acho graça dessa bagunça sem graça toda que eu crio, e a resposta é simples: deve ser porque de tudo isso o que sobra é o que existe de mais essencial e verdadeiro em mim...
Então abro o coração para novos sonhos, construo projetos que sei lá vão dar em algum lugar, coloco o melhor sorriso estampado no rosto, arrumo uma nova trilha sonora... e acredito sinceramente que o próximo amor será o maior e último da minha vida.
E que seremos felizes para sempre mesmo que não tenha a menos graça isso tudo.

sábado, 8 de agosto de 2009

CARTA NÃO ENTREGUE...


(Escrevi esta carta em 01 de julho de 2000, queria ter tido a oportunidade de dizer o quão importante e amado meu Pai era por mim... mais que uma homenagem era um agradecimento de Filha para Pai, e seria entregue no dia dos pais... infelizmente a carta não foi entregue ele veio a falecer no dia 07 de julho... 9 anos após, mais precisamente a alguns dias minha mãe a achou, leu e me encorajou a fazer mesmo que tardiamente o meu objetivo. Acredito que não preciso dizer mais nada... a Não ser FELIZ DIA DOS PAIS.)

"Se um pedaço do seu corpo toma vida e cria olhos e face, membros, coração, entranhas e até mesmo uma alma imortal, formou-se um ser independente, que você contribuiu com parte do seu corpo e centelha da sua alma.
Esse é o mistério da paternidade que por muitas vezes desapercebida, mas, essa união é impossível de romper, é um cordão de três dobras que não se quebra, é uma missão divina, são responsabilidades que ultrapassam o limite de suas forças, mas mesmo arquejado pelo peso que o sufoca, se ergue empedernido, supera, luta e vence.
Sei que não temos só momentos de serenidade na nossa relação as vezes brigamos, as vezes sou a própria chateação em pessoa e você também não pense que foge disso.
Sei que sou um monte de não sei, mas tenho uma certeza, uma apenas que me basta para superar qualquer diferença que apareça em nossos caminhos, o grande amor que sinto por você.
Pai, amor insuperável e incansável nas pequenas e grandes batalhas.
Hoje gostaria de dizer-te Obrigada por fazer de mim quem sou...
Por oferecer os ditames que moldam minha consciência e personalidade. Por me ensinar a viver aprimorando minhas qualidades morais, cultivando as intelectuais, adornando menos o rosto do que a mente, o coração e a alma.
Por mostrar-me que a vida tem um tripé formado pela fé, esperança e amor. A FÉ evitará que eu sofra demasiadamente ante as decepções que a vida oferece a todos mortais, a ESPERANÇA renovará os horizontes e o AMOR que granjeará a simpatia do próximo e as bênçãos de Deus.
Por me ensinar a perdoar, dosando meu pensamento com a emoção e a emoção com o juízo, procurando esquecer o passado quando se tratar de recordações dolorosas e a conservar sempre viva a lembrança de momentos felizes, as lições proveitosas e os vultos dos que me estimaram e por mim foram estimados...

Sabe PAI, essa carta teria um final totalmente diferente e não tenho mais como agradecer-te, por isso agradeço a DEUS, por você meu PAI, meu AMIGO meu CÚMPLICE, antecipando a recompensa do futuro no êxito da sua filha.
Sua missão foi cumprida, o peso e a dificuldade se recobre de nobreza e honra, e como já dito o cordão de três dobras não rebenta, pois como me disse um dia... continuaremos a caminhar lado a lado, como aquela pequena estrela no céu, que mesmo distante aquece e ilumina coração."

domingo, 10 de maio de 2009

A minha Mãe...

Todo o dia é dia das mães, porém hoje é um momento de agradecer, de demonstrar a importância dela em nossa vida, de fazer uma prece e apresentá-las a Deus, de dizer tudo o que temos vontade durante o resto do ano e que deixamos para depois.
Então vamos lá...
"Minha mãe...
Desejar-te parabéns hoje é pouco, diante da mais importante missão que recebeste, me apresentou o mundo, a vida e vocacionada por Deus me instruiu até aqui no amor, na fé e na esperança, ofereu os ditâmes que moldam minha consciência e personalidade.
Dizer obrigada ainda é insuficiente ao muito que faz por mim, mas é o que faço todas as noites quando dobro os joelhos e elevo minha prece ao Pai, agradeço pelo anjo sem asas que colocou para me guardar e que mesmo travesso e atrapalhado tudo o que quer é acertar, e nessa busca inconstante aprimora minhas qualidades morais, cultiva as intelectuais e me mostra que devo adornar menos o rosto do que a mente, o coração e alma.
Agradeço por ser mão firme para me levantar e sustentar nas tantas vezes que errei, seja por desconhecer os caminhos ou por pura teimosia, porém sua presença foi importante, permanecer ao meu lado, mostrou que o erro ensina aos que tem boa vontade e fez do meu momento de angústia uma proveitosa lição.
Suas broncas e as tantas vezes que discutimos por opiniões que divergem, me ensinaram a perdoar e refletir, dosando meu pensamento com a emoção e a emoção com o juízo.
Valeu por acreditar nos meus sonhos e lutar comigo nas conquistas, mesmo quando tudo parecia dar errado, e eu já descria da minha capacidade e pensava que tudo era uma grande ilusão... por rir e chorar comigo, as minhas descobertas, por ser o porto seguro, o ombro amigo, a palavra dura de correção que liberta norteando o caminho que devo seguir.
Devo ainda me arquear em agradecimento por compreender minha incompreensão, e por nunca desistir de mim, por seu perdão e seu abraço que diz além das palavras.
Quero dizer que adoro quando me pego fazendo as coisas da mesma forma que você, o jeito de olhar desconfiado ou como respiro para pausar em meio ao pensamento refexivo, o modo de mover as mãos e fazer colocações, o franzir da testa quando descordamos ou aquele riso frouxo, escandarado quando das maiores bobeiras...
Não posso deixar de fora nossos códigos... que muitas vezes são ditos e ninguém compreende nada, mas que para nós disse tudo não é sua engraçadinha... não me venga com fechoada, isso no me gusta... adoro vodca... vá dumi magalida já é mena noite.
É bom demais nossos cafés filosóficos... aliás basta ter uma oportunidade de sentarmos a mesa para refeição e isso vira um circulo de idéias e debates.
Devo falar também que não gosto de uma porrada de coisas, mas isso falo pessoalmente, porque o que vale e que hoje é dia de ressaltar aquilo que tem de melhor no mundo e que mesmo errando ... acerta, pois se não serve para corrigir, me impulsiona a seguir em frente.
E vamos cair na mesmice... pois preciso falar também que te amo muito... és importante demais para minha vida e que Deus renove suas forças ... pois se tivesse a opção de escolha nessa ou em outra vida, você seria a mãe eleita sempre... "

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Recomendação...

Se eu partir antes que você, faça tudo como combinamos, continue sua vida, se entregue a um novo amor e seja feliz tal e qual nos fomos.
Redecore a casa, mas mantenha aquela rede no cnato da sala onde deitados fazemos tantos planos.
Desses realize aqueles que tenham ar de fuga, como aquela viagem de 1 mês para um vilarejo desconhecido no fim do mapa.
E por falar em mês, nesse espaço de tempo, vá ao meu encontro pelo menos uma vez, em prece e me leve flores como aquela margarida arrancada as pressas do jardim alheio.
Antes de rezar recite meu poema predileto, cante nossa canção, e por favo, não chore... nem muito nem pouco, apenas o suficiente para te aliviar eu eu saber que sente saudade.
Fale que me amou e que me amaria, mesmo com toda molecagem, que minha dança pela casa faz falta e que você realmente nunca se irritou de fato quando plantava bananeira na sala.
Doe minhas roupas para uma entidade séria, mas guarde a camisola do nosso casamento e o resto do perfume que ficou no frasco para quando sentir falta do meu cheiro.
Rasgue todas as cartas que te escrevi, e se desfaça dos nossos retratos, guarde apenas uma foto, pode ser qualquer uma, os momentos e as imagens ficaram impregnados na nossa história... meus livros vc pode doar também.
Ah! e quando for se referir a mim, sempre diga do uão felizes nós fomos, do quanto nos amamos e que valeu apena.
E acima de tudo, nunca esqueça que eu te amei enlouquecidamente e que faria tudo de novo se possível fosse.

Quem sou eu???

Sempre me fiz de forte, mas sou mais insegura que qualquer criança em primeiro dia de aula.
Tenho pavor do abandono, mas acredito que a razão seja ter me largado no meio da estrada pedindo carona.
E o que trouxe durante esses anos ocupando meu lugar vazio foi uma alma emocionalmente carregada.
Em mim, o peso da palavra não dita, que insisto em pronunciá-la repetidas noites perturbando meu sono, como se o discurso fervoroso pudesse recuperar-me no caminho.
Nesse tempo todo nunca consegui realmente partir para qualquer lugar definitivamente, o peso da mágoa e da culpa era parte da minha bagagem e gritam por perdão como quem clama por socorro.
Em uma dessa noites, tomei consciência que partida permanecia lado a lado com meu abandono - um insight, recuperei-me.
Sofri por saber que nunca tinha caminhado um passo se quer, que rodei durante todos esses anos em torno de mim como um cachorro atrás do rabo.
Quando me resgatei questionei quem eu sou, e a resposta foi... ainda sou uma opinião não formada, contraditória, alterada, cheia de incógnita, um tema não difundido, pouco conhecido, sem conceito.
Não quero me rotular, quero ser vasta e conter uma multidão de santos ou de demônios, deixo-me livre para ser.
Perdoar-me libertou meu ser do senso das emoções ridículas.
Agora não ouse me quebrar ao meio para compreender meus pensamentos gritantes, nem tente entender porque cometi esse abandono e perdão.
Apenas me aceite, pois inexisto a qualquer explicação.